Mato Grosso e Rondônia
Rondônia e Mato Grosso
Mato Grosso
Rondônia e Mato Grosso
Mato Grosso e Pará
Mato Grosso
Mato Grosso e Rondônia
Os Nambikwara estão localizados na região a oeste do estado de Mato Grosso e ao sul do estado de Rondônia. São falantes da família linguística Nambikwára e considerados de tronco linguístico isolado. O termo Nambikwara (nambi: orelha; kuára: furo/furada) é de origem Tupi. São definidos como falantes de três línguas, cada uma com suas particularidades, mas reciprocamente inteligíveis dentro do seu tronco linguístico.
Os Nambikwara habitam tanto o cerrado quanto a floresta amazônica e as áreas de transição entre estes dois ecossistemas, divididos em três áreas geográficas distintas: Serra do Norte, Chapada dos Parecis e Vale do Guaporé. Atualmente, os Nambikwara vivem em pequenas aldeias, nas altas cabeceiras dos rios Juruena, Guaporé e (antigamente) do Madeira, perfazendo uma população de 2.232 pessoas, conforme o censo da Siasi/Sesai, de 2013.
Estes registros fotográficos foram realizados por Jesco Puttkamer durante a realização do projeto arqueológico Abrigo do Sol, de 1975 -1977, na Chapada dos Parecis (ou Vale do Guaporé), sob a coordenação do Dr. Eurico Theófilo Miller, do Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul (MARSUL).
Fonte: Instituto Socioambiental – ISA.
Rondônia e Mato Grosso
O Povo Suruí, do estado de Rondônia, se autodenomina Paiter, que significa “gente de verdade”. São conhecidos como Paiter Suruí ou Paiter. Fala uma língua do tronco linguístico Tupi, da família Mondé, com uma população de aproximadamente mil e trezentas pessoas, habitando a Terra Indígena Sete de Setembro, localizada ao norte do município de Cacoal (estado de Rondônia) até o município de Aripuanã (estado do Mato Grosso).
O território Indígena foi demarcado em 1976, mas somente em 1983 foi oficializado pela portaria 1561 de 29 de setembro de 1983, passando a se chamar Área Indígena Sete de Setembro.
Estes registros fotográficos foram realizados por Jesco Puttkamer durante os contatos dos Paiter com o Posto Indígena Sete de Setembro, em 1969.
Fonte: Instituto Socioambiental – ISA
Mato Grosso
Os Metyktire são um dos subgrupos do povo que se autodenonima Mebengokre (povo do olho [nascente] d’água), mais conhecidos como Kayapó, nome dado a eles por grupos inimigos de língua Tupi. Também são conhecidos como Txukahamãe, denominação atribuída pelos indígenas Yudjá (Juruna). A língua Mebengokre faz parte da família linguística Jê, pertencente ao tronco Macro-Jê, falado exclusivamente no Brasil.
Segundo os dados disponíveis, a população Mebengokre totalizava 11.675 pessoas em 2014, sendo que o subgrupo Metyktire era composto por 1.164 pessoas. No censo realizado pela antropóloga Vanessa Lea, em 1995, os Metyktire somavam 552 pessoas, o que demonstra que a população retomou seu crescimento na segunda metade do século XX.
Estes registros fotográficos foram realizados por Jesco Puttkamerem em 1965, na Aldeia Porori.
Fonte: LEA, Vanessa.Os Metyktire Mebengokre. In: Memória das imagens: olhares multiculturais sobre o acervo Jesco Puttkamer. Goiânia: Editora da PUC Goiás (no prelo).
Rondônia e Mato Grosso
Os Cinta-Larga habitam as florestas e savanas drenadas pelos rios Aripuanã e Roosevelt e seus afluentes, nos estados de Rondônia e Mato Grosso. Receberam este nome dos brancos, invasores de suas terras, porque vestiam na cintura uma faixa rígida/cinturão feito da entrecasca da árvore toari. A Língua Cinta-Larga pertence à família Tupi Mondé, do tronco Tupi.
Atualmente, cerca de trinta aldeias Cintas-Largas estão distribuídas nas quatro áreas administrativas já demarcadas e homologadas pelo governo federal: o Parque Indígena do Aripuanã e as Terras Indígenas Roosevelt, Serra Morena e Aripuanã, totalizando cerca de 2,7 milhões de hectares. De acordo com os registros disponíveis de 2014, a população Cinta-Larga foi calculada em 1.954 pessoas.
Estes registros fotográficos foram realizados por Jesco Puttkamer durante os primeiros contatos da FUNAI com os Cinta-Larga, no período de 1975 a 1977.
Fonte: DAL POZ, João. Notas etnográficas sobre os Cintas-Largas da Amazônia Meridional. In:Memória das imagens: olhares multiculturais sobre o acervo Jesco Puttkamer. Goiânia: Editora da PUC Goiás (no prelo).
Mato Grosso e Pará
O povo Yudja, também conhecido como Juruna, vive no Parque Indígena do Xingu, no estado do Mato Grosso, bem como no estado do Pará, próximo à cidade de Altamira. Historicamente, este povo foi se dispersando entre os estados do Pará e do Mato Grosso, o que desencadeou um processo de separação. Os grupos que habitam a região da Volta Grande do Xingu, se autodenominam Juruna, que significa “boca preta”, devido a um traço preto tatuado no rosto que saia da raiz dos cabelos e circundava a boca. Os grupos que, atualmente, estão no Parque Indígena do Xingu, se autodenominam Yudja. Contudo, todos fazem parte da mesma etnia Yudja, que significa “dono do rio”. Eles falam uma língua do tronco linguístico tupi, da família Juruna.
Fonte: LIMA, Tânia Stolze; MACEDO, Eric. Yudja/Juruna. Instituto Socioambiental – ISA, 2021. Disponível em: “https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Yudj%C3%A1/Juruna”.
Mato Grosso
O povo Wauja, conhecido também como Waurá, habita a região do alto e médio Xingu, no estado Mato Grosso e está localizado no Parque Indígena do Xingu (PIX), próximo da lagoa Piyulaga e pertence à família linguística Arawak e fala a língua Maipure. Atualmente, se encontra distribuído em 08 aldeias. A aldeia central é a Piyulaga, a mais antiga, e está próxima à lagoa que lhe conferiu este nome. Sua população total é de aproximadamente 800 pessoas. Esse se destaca pela sua rica cultura material como a cerâmica, utilizada para confecção de panelas em diferentes tamanhos e funções, destacando a ornamentação com traços zoomorfos. Além da cerâmica, produzem cestos com grafismos singulares, artes plumarias, instrumentos musicais e máscaras rituais, bancos de madeira em forma de animais, o que contribui para que a tradição seja muito respeitada.
Fonte: BARCELOS NETO, Aristóteles. Wauja. Instituto Socioambiental – ISA, 2021. Disponível em “https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Wauj%C3%A1”.